domingo, 25 de novembro de 2007

Turbilhão


Sentimento revoltante de alegria.
Misturas de amizade e apoio.
Corridas velozes de sentimentos crus.
Testemunhos de dor vivida intrinsecamente com a felicidade do sorrir.
Passos secos e estranhos.
Gritos mudos e entranhados.
Cerro o punho e liberto a voz muda do silêncio.
Sinto ferir, mas sinto criar barreiras.
Barreiras fortalecidas de dúvida, querer, desejar.
Estou aqui, sempre aqui pra quem me quer.
Estou vivo, sempre vivo pra quem precisar.
Sinto que as nervuras da minha pele se desvanecem.
Rejuvenesço a cada gota de chuva.
Retorno ao ciclo em cada raiar de luz.
Sou só mais um ser que caminha?!
Não! Eu sou eu...
E não há ninguém igual a mim!
Mas sei que com certeza há um outro alguém que me lê e se revê.
Que me ouve e se espelha.
Que gosta de estar vivo,
não só porque eu também gosto!!

domingo, 4 de novembro de 2007

Tatuagens










Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti


Fazes pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar


Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim


Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão


Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti


Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar


Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim


Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão